sábado, 28 de maio de 2011

Conheça a História da Assembléia de Deus no Brasil - Parte 1

Pastores:

Gunnar Vingren - 1911 - 1924
Samuel Nystron - 1924 - 1930
Nels Nelson - 1930 - 1950
Francisco. P. do Nascimento l950 - l959
Jose P. de Menezes - I959 - 1961
Alcebiades P. Vasconcelos - l96l - 1968
Em 19 de novembro de 1910 chegavam à Belém do Pará, procedentes de Chicago (EUA), os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Ambos batistas, porém, batizados com o Espírito Santo, no grande avivamento pentecostal derramado no início deste século nos Estados Unidos.
Vingren era candidato ao campo missionário de sua denominação na China, mas, após o batismo com Espírito Santo, sentiu não ser vontade de Deus. Buscando conhecê-la melhor, Deus revelou a ele e ao seu companheiro Daniel Berg, através de uma profecia na casa do irmão Adolfo Uldim, que os queria no Pará. Nessa profecia, o Senhor informou que seria um povo de costumes diferentes, comidas simples, mas que, entretanto, havia uma grande obra para realizar no meio deste povo - glória a Deus. Após a oração, já que ninguém sabia onde era o "PARÁ", foram a uma livraria e consultando um Atlas viram que Pará era um Estado do Norte do Brasil e Belém, sua capital.
Daí, em lances decisivos e até impossíveis para os homens, o Senhor providenciou os meios para que chegassem até aqui. Quando desembarcaram em Belém, numa tarde ensolarada, ninguém os estava esperando, não eram enviados por nenhuma missão. Eram encomendados pelo Espírito Santo. Caminharam pela então avenida 15 de Agosto, hoje Presidente Vargas, até a praça da República e ali sentaram em um dos seus primeiros bancos aguardando orientação divina. Não demorou Adriano Nobre, que era crente presbiteriano e que falava inglês (foi o primeiro professor de Gunnar e Daniel), o qual os encaminhou até a Igreja Batista, situada na rua João Balbi, 406 (hoje demolida), onde ficaram hospedados no porão do prédio, por algum tempo. Era o primeiro contacto com a terra para a qual tinham sido enviados. Nada tinha faltado até aquele momento.
Fonte: http://www.admadureira.com.br/historia.html
Como Tudo Começou
A história é uma epopéia que começa oficialmente em 18 de junho de 1911, em Belém do Pará, quando ocorreu a fundação da igreja. Dois jovens suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, enviados por Deus, aqui chegaram com uma visão e um grande desafio: cumprir o “Ide” de Jesus e implantar a fé pentecostal no país. Quando desembarcaram, em 19 de novembro de 1910, traziam a fé e a confiança em Deus de que o Senhor confirmaria a obra de suas mãos (Salmo 90.17; Marcos 16.20). Inicialmente, com pouco conhecimento da língua pátria, sabiam apenas dizer: “Jesus salva, batiza com o Espírito Santo e cura os enfermos”. Essa mensagem simples, mas poderosa, foi a semente que brotou e deu muitos frutos, os quais compõem hoje os milhões de membros da Assembléia de Deus no Brasil. A experiência pentecostal de Daniel Berg e Gunnar Vingren começa com o avivamento pentecostal que eclodiu em 1906, nos Estados Unidos, o qual revolucionou líderes e igrejas da América do Norte, assim como de outros Continentes.
Gunnar Vingren e Daniel Berg foram testemunhas vivas da efusão do Espírito que varreu a América. Revestidos de poder pelo mesmo Espírito, tornaram-se os personagens que iniciaram o maior e mais poderoso movimento pentecostal dos últimos tempos. Gunnar Vingren nasceu em Ostra Husby, em 08 de agosto de 1879, e Daniel Berg nasceu em Vargon, em 19 de abril de 1884. Desde crianças, anelantes pela presença de Deus em suas vidas, seguiam o exemplo dos pais, e assim cresceram. Jovens que eram, anelavam também sair da Suécia em busca de um centro mais desenvolvido. Na época, contaminou-os as informações do grande desenvolvimento que ocorria nos Estados Unidos, algo propício aos seus anseios. Deus começava a traçar o destino dos dois futuros missionários para o Brasil. No entanto, eles não se conheciam.
Vingren deixou sua terra em 30 de outubro (1903), tendo viajado 19 dias para chegar a Kansas City (EUA), onde começou a trabalhar como foguista. Depois, arranjou trabalho de porteiro e, mais tarde, já no inverno, como jardineiro. Deus o estava preparando para ser o “foguista” espiritual de milhares de brasileiros. Berg já estava em Chicago desde 1902, com a idade de 17 anos. Ele havia trabalhado no comércio em Chicago, representando isto um preparativo para a difícil missão que teria aqui no serviço de colportagem, quando distribuía a palavra de Deus em Belém, na região das ilhas e no longo percurso de mais de 200 quilômetros na estrada de ferro entre Belém e Bragança, passando por lugares hostis, sob ameaças constantes dos inimigos do evangelho. Deus havia traçado estes destinos, até enchê-los do Espírito Santo, capacitando-os para a extraordinária missão em nosso país.
Eles se conheceram, foram “incendiados” pelo mesmo fogo espiritual, ficaram impregnados pela mesma visão. Assim, Gunnar Vingren e Daniel Berg trouxeram a poderosa mensagem pentecostal para o Brasil, implantando a fé pentecostal nesta abençoada terra de Belém do Pará, a “Casa do Pão” de todos os pentecostais brasileiros. Esta obra de humildes começos alcançou milhões de pessoas em todo o País, tornando-se a maior igreja evangélica brasileira.
É esta a emocionante história que vai ser contada aqui, para a qual chamamos a sua atenção, com a nossa oração de que os fatos aqui narrados incendeiem a sua alma e o tornem uma testemunha mais fiel ao Senhor Jesus.
Este artigo não é um relato minucioso da história da Assembléia de Deus em Belém. Ao contrário, nele procuramos nos concentrar nos atos e fatos considerados os mais importantes desde a sua organização até o presente, objetivando dar aos leitores uma idéia do que Deus tem operado nesta obra através dos seus servos fiéis e dedicados. Entretanto, podem ter sido cometidas algumas omissões e, até mesmo, colocações imprecisas, em virtude da falta de documentos e do extensivo uso de registro oral da história. Por isso, é extremamente importante considerarmos a necessidade constante de revisões, razão pela qual solicitamos a contribuição de todos aqueles que puderem nos ajudar a tornar esta obra cada vez mais fidedigna.
A compilação e a organização dos registros históricos constantes deste artigo foram baseadas nas informações dos livros já publicados e nas atualizações e correções cedidas pelos setores correspondentes da Igreja.
Dois Homens e Uma Chamada
Deus escolheu os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren para executarem a proclamação do seu plano de salvação. A ansiedade de receberem o batismo durante o avivamento em Los Angeles e Chicago, a bênção alcançada, a experiência de fé vivenciada por Gunnar Vingren e Daniel Berg, colocando suas vidas no altar, obteve a escolha de Deus para esta grande missão: trazer a mensagem pentecostal para o Brasil. Junte-se à confirmação dessa escolha, os detalhes da revelação divina: o mapa do Pará, tipo de alimento dos paraenses, sua língua, a data da viagem. Tudo confirmado! Ao obedecer a missão que lhes fora confiada, credenciaram-se às bênçãos dos céus e ao galardão pelas almas ganhas no Brasil. Assim, eles trouxeram a mensagem pentecostal para o Brasil, chegando a esta cidade no dia 19 de novembro de 1910.
Em chegando ao novo país, tudo lhes era estranho, de modo que logo encontraram muitas dificuldades, como a barreira do idioma. Tais dificuldades foram aumentadas com a falta de recursos financeiros, pois, além de serem pobres, não eram mantidos por nenhuma junta missionária, enviados que foram unicamente por Deus, o qual se incumbiu de providenciar-lhes o necessário.
De fato, o Senhor dirigiu a vida de seus servos. De início, conseguiram alojamento, por alguns dias, no porão de um templo batista, na Rua João Balbi, 406. As igrejas protestantes de então tomaram conhecimento da chegada dos missionários americanos, e estes, por sua vez, passaram a receber convites para visitá-las. Nessas visitas, os missionários apenas cantavam hinos de louvor a Deus em seu próprio idioma, pois pouco conheciam da língua portuguesa. Quando começaram a entender o nosso idioma, iniciaram, de fato, o trabalho para o qual o Senhor os tinha enviado. Testificavam de Jesus, enfatizando a salvação, o batismo com o Espírito Santo, a cura divina e o uso dos dons espirituais.
A princípio, poucos membros da Igreja Batista se interessaram por essa doutrina, pois acreditavam ser a mesma ultrapassada. Mas, à medida que Daniel Berg e Gunnar Vingren procuravam ensinar-lhes, comprovando a sua atualidade através da Bíblia Sagrada, o grupo de interessados crescia, e isso fez com que surgissem facções dentro daquela igreja. Havendo divergência, somente alguns aceitavam a doutrina. Todavia, a atitude dos irmãos descrentes não foi obstáculo para que os pioneiros recuassem ou ficassem temerosos. Pelo contrário, tornaram-se mais ousados, pois criam que o Senhor era com eles. O tempo passava. Seis meses depois da chegada dos missionários a Belém, o irmão Gunnar Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração e, ao fazer uso da Palavra, falou da necessidade de o crente ser revestido do poder do alto. A maioria dos presentes alegrou-se com a doutrina.
Outras reuniões de oração foram realizadas em casas de alguns membros daquela igreja, os quais clamavam insistentemente a Deus, pois já reconheciam que a doutrina do batismo com o Espírito Santo poderia se tornar uma realidade em suas vidas.
Sendo assim, ao alvorecer do dia 8 de junho de 1911, a irmã Celina Albuquerque, orando em sua casa, juntamente com outros irmãos, teve o privilégio de ser a primeira evangélica brasileira a receber o cumprimento da promessa, falando em línguas, tal qual os primitivos cristãos no dia de Pentecostes.
No dia seguinte, a irmã Maria de Nazaré de Araújo foi também batizada com o Espírito Santo. A Igreja Batista tomou conhecimento do ocorrido, e não aceitou o que estava acontecendo com os seus membros. Havia necessidade de uma tomada de posição. Como ponto de partida, houve convocação da Igreja para uma reunião extraordinária, em 13 de junho de 1911. Nessa ocasião, usou da palavra o irmão Raimundo Nobre, que fez a seguinte proposição: “Todos os que estão de acordo com a nova seita, levantem-se!” Era o momento da decisão. Para surpresa geral, 19 irmãos — a maioria, portanto — levantaram-se. Uns porque já eram batizados com o Espírito Santo, e os outros, porque criam que poderiam receber a promessa. Não havendo transigência, os mesmos foram ilegalmente excluídos pela minoria.
Foram separados daquela comunidade evangélica os seguintes irmãos: Alberta Mendes Garcia (esposa de Adriano P. Nobre); Antônio Mendes Garcia; Joaquim da Silva e Benvinda Saraiva da Silva (esposa); Henrique de Albuquerque e Celina de Albuquerque (esposa); Emilia Dias Rodrigues; Manoel Maria Rodrigues e Jesusa Dias Rodrigues (esposa); Joana Dias Dominguez; João Dias Domingez e Raimunda Dominguez (esposa); José Batista de Carvalho e Maria José Pinto de Carvalho (esposa); Josina Galvão Batista; Manoel Dias Rodrigues; Maria Joana Soares; Maria de Nazaré Cordeiro de Araújo; Maria Piedade da Costa (esposa de José Plácido da Costa). Os filhos menores que os acompanharam: Anna Victória da Silva e Izabel Leonísia da Silva — filhas de Benvinda; João Dominguez Filho — filho de Raimunda e João Dias Dominguez; Prazeres da Costa — filha de Maria Piedade da Costa; Tereza Silva de Jesus — filha de Joaquim da Silva). Todos estes irmãos acompanharam Daniel Gustav Berg e Gunnar Vingren.
Nasce a Assembléia de Deus
Com um número tão pequeno, mas valoroso no Espírito, estavam lançadas as bases do movimento pentecostal, cujas raízes se estenderiam por todo o solo brasileiro, com o nome de Assembléia de Deus. Aqueles irmãos, desligados que foram da referida Igreja Batista, não recuaram. Passaram a reunir-se em um salão na Rua Siqueira Mendes, nº. 79, Cidade Velha, na residência do irmão Henrique de Albuquerque.
A gloria do Senhor se manifestava naquele lugar entre o pequeno número. Urgia, portanto, organizar o movimento. Como eles não poderiam ficar de braços cruzados diante de tão grande mover do Espírito Santo, no dia 18 de junho de 1911, por deliberação unânime, foi fundada a Missão de Fé Apostólica, posteriormente denominada de Assembléia de Deus.
O termo Assembléia de Deus, dado à nova denominação, não tem uma origem definida entre nós. Entretanto, supõe-se que esteja ligado às igrejas que na América do Norte professavam a mesma doutrina e receberam a denominação de Assembléia de Deus ou Igreja Pentecostal.
Sobre isto, é aceitável o seguinte testemunho do presbítero Manoel Rodrigues:
“Estou perfeitamente lembrado da primeira vez que se tocou neste assunto. Tínhamos saído de um culto na Vila Coroa. Estávamos na parada do bonde, na Bernal do Couto, canto com a Santa Casa de Misericórdia. O irmão Vingren perguntou que nome deveria se dar à Igreja, explicando que na América do Norte usavam os termos Assembléia de Deus ou Igreja Pentecostal”.
Aqueles irmãos depois concordaram que a igreja deveria ser chamada de “Sociedade Assembléia de Deus”, e no dia 11 de janeiro de 1918 foi registrada oficialmente com esse nome.
Expansão Ministerial
Estabelecida a “Missão de Fé Apostólica”, (mais tarde Assembléia de Deus), os novos convertidos sentiram de imediato o impulso do Espírito Santo, saindo em busca das almas, seguindo os passos de Gunnar Vingren e Daniel Berg. Os resultados, testemunhados com salvação, batismo com o Espírito Santo e com fogo, e também com curas divinas, deu à igreja pentecostal a dimensão que hoje vemos. O rápido crescimento exigiu a consagração de pastores e norteou a expansão ministerial da novel igreja. Enquanto os líderes obedeciam à ordem do Mestre — “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9.38) — Deus levantava mais obreiros e a igreja continuava crescendo em número e na graça do Senhor.
Gunnar Vingren registra em seu Diário sobre os dois primeiros pastores consagrados: “Em 1912, no princípio do ano, o irmão Isidoro Filho foi consagrado como pastor da Igreja em Soure e, no princípio de 1913, o pastor Absalão Piano foi separado para o rio Tajapuru”. A partir daí, o Espírito Santo compungiu os corações dos missionários para a separação de tantos outros obreiros, até que, hoje, é incomensurável o exército dos seus discípulos que falam de Jesus aos pecadores.
Gunnar Vingren consagrou o terceiro pastor, Crispiniano de Melo, seguindo-se Pedro Trajano e Adriano Nobre — estando entre estes primeiros a sair para pregar a palavra de Deus, o irmão José Plácido da Costa, como missionário em Portugal; juntou-se a ele, em 1921, José de Matos. Clímaco Bueno Aza, que se converteu em 1913, sentiu a chamada de Deus, seguindo os passos de Daniel Berg como colportor e evangelista na região da Estrada de Ferro de Bragança, onde foram implantadas várias igrejas em 1915. Nesse mesmo ano, surge o sétimo pastor consagrado, João Pereira de Queiroz, que assumiu Timboteua Velha, substituindo posteriormente Pedro Trajano em São Luís do Pará. Isidoro Filho, o primeiro pastor de Bragança, foi substituído por Clímaco Bueno Aza.
Pelo seu trabalho dinâmico, Clímaco Bueno Aza foi comissionado a abrir o trabalho em São Luís (MA), havendo uma expansão grandiosa, graças aos companheiros que ali encontrou. O húngaro João Jonas, que havia aceitado o evangelho no Pará, tornou-se seu grande cooperador e outro verdadeiro apóstolo em terras maranhenses. Em 15 de dezembro de 1919, José Paulino Estumano de Moraes foi separado para o ministério pastoral. A obra crescia e mais obreiros do Senhor foram separados ao Santo Ministério: Josino Galvão, José Bezerra Cavalcante, Manoel (Neco) César da Silva, Ananias Rodrigues, José Leonardo, José Menezes, Otoniel Alencar, Manoel Malaquias Furtado, Joviniano Lobato, João Pereira, Amaro Moraes, José Floriano Cordeiro, Almeida Sobrinho, Julião Silva, Francisco Gonzaga, José da Penha, Juvenal Roque de Andrade, João Batista de Melo, Paulino Fontenele da Silveira, João Francisco, Plácido Aristóteles, Teixeira Rego. Em Belém e aonde iam aceitando a fé e comprovando a chamada divina, os obreiros separados saíam destemidamente anunciando a Palavra de Deus, sob a unção do Espírito Santo.
Em anos seguintes, o crescimento da obra pentecostal impôs a separação de pastores para atender à nova igreja. Homens cheios de fé vieram somar aos pioneiros nos esforços para a conquista das almas: José Meneses, Josias Camelo da Silva, Gerson Rodrigues, Deocleciano Cabralzinho de Assis, Manoel Alves Ribeiro, Estevam Ângelo de Souza, Ludgero Bispo de Souza, Emiliano Ferreira da Costa, Antônio Petronilo dos Santos, Anselmo Silvestre, Paulo Belizário de Carvalho, José Reis de Souza, Alberto do Espírito Santo Pereira, João Queiroz Pinheiro, João Rocha, José Vicente da Silva, José Ferreira Ribeiro, Joaquim Pereira dos Santos, Manoel Alves Ribeiro, Raimundo Anselmo Borges, Leocádio Duarte de Melo, Paulino Flávio Rodrigues, Francisco Moisés Garcia. Atualmente, em todo o Brasil, há a presença do testemunho pentecostal da Igreja Assembléia de Deus, cujas congregações são verdadeiras agências do Reino de Deus em qualquer cidade ou lugarejo desta Nação, incluindo-se as que existem nos lugares de mais difícil acesso. Por conta dessa expansão maravilhosamente abençoada por Deus, tempos atrás era corrente a seguinte máxima: “Em todo lugar, três coisas são sempre encontradas: campo de futebol, cemitério e um templo da Assembléia de Deus”.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

BAZAR MISSIONÁRIO DOAÇÕES RUA JOAQUIM ELISEU 172 CENTRO ANTONINA DO NORTE CEARÁ CEP 63570000

                                  CONTRIBUA COM O NOSSO BAZAR MISSIONÁRIO



NOSSAS CONGREGAÇÕES

                                          CONGREGAÇÃO DO BAIRRRO SERRARIA

                                     
                                               CONGREGAÇÃO DO CASTELO BRANCO
                                                CONGREGAÇÃO DE VARZEA NOVA
                                         CONGREGAÇÃO DO TABOLEIRO
                                               CONGREGAÇÃO DO ACENTAMENTO

                                          CONGREGAÇÃO DO SITIO ESPIRITO SANTO

INAUGURAÇÕES



INAUGURAÇÃO DA CONGREGAÇÃO DO ACENTAMENTO



quinta-feira, 5 de maio de 2011

O DESEJO DE MUDAR É


O DESEJO DE MUDAR É
UMA GRANDE PROVA DE AMOR
Lc 18.35-43
O desejo de mudar é uma grande prova de amor: 1) Amor à Deus; 2) Amor a si mesmo; 3) Amor ao próximo. O que é necessário para que haja mudança, transformação, libertação e crescimento.
Por que aquele homem estava à beira do caminho pedindo esmola? Porque ele tinha uma deficiência visual, ele era cego. Talvez você esteja dizendo, eu não tenho uma deficiência visual, nem auditiva, nem tão pouco estou em uma cadeira de roda por causa de uma paralisia, porém, a pior deficiência não é a física, mas, sim a deficiência de caráter. A deficiência moral pode colocar o homem à margem da sociedade, empobrecê-lo e tornando a sua vida um pesadelo permanente para a família e para a sociedade.
         Aquele homem estava condicionado a uma vida de miséria, infeliz e que piorava a cada dia, porém, Deus viu nele insatisfação e um desejo incontrolável por mudança. Este é o sentimento que Deus espera ver em nós, "desejo de mudar".
1.       Reconheça a sua deficiência. Aquilo que o limita, prende, escraviza, empobrece, impossibilita e tira a sua alegria de viver. "...estava um cego assentado a beira do caminho..." (v.35)
·        Qual era o sentimento que predominava no coração daquele homem cego?
·        Como estava a sua auto-estima? Viver dependendo de ajuda de um e de outro é sempre muito vergonhoso. O sentimento de impotência destrói a auto estima de qualquer pessoa.
·        É provável que a família tivesse "pena" e "vergonha" dele.
·        O que ele mais queria era se libertar daquela deficiência.
2.     Sensibilidade para ouvir. "...ouvindo o tropel da multidão que passava,..." (v.36) Toda mudança passa pelo ouvir. Se ele estivesse distraído, desligado, desapercebido e indiferente, a grande virada na sua vida não teria acontecido naquele dia. A maioria das pessoas que estão escravizadas vivendo uma vida pequena, é porque têm dificuldade de ouvir.
·        Quem não sabe ouvir, nunca sai da beira do caminho.
·        Quem não sabe ouvir perde as grandes oportunidades na vida.
·        Quem não sabe ouvir, não sai do "território dos pobres de mente".
·        Quem não sabe ouvir, não pode reclamar da sua vida pequena e insignificante.
·        Quem não sabe ouvir com atenção pode perder o dia do seu milagre.
3.       Perguntar. "...perguntou o que aquilo..." (v.36)
·        Perguntas são fundamentais para as grandes mudanças na vida. Na infância, fase em que crescemos rapidamente, fazemos muitas perguntas. Quando ficamos mais velhos, gradativamente julgamos ter descoberto todas as respostas e não perguntamos mais. No caso que algumas pessoas, todo o senso de segurança e auto-imagem depende do fato de possuírem todas as respostas, de nunca estarem erradas. Como resultado, essas pessoas tentam entender  tudo em função daquilo que sabem. Mas toda mudança e crescimento reside no território do desconhecido. O que já sabemos está no passado. O que ainda temos a descobrir faz parte do futuro. Torne as suas perguntas maiores que as suas respostas e você estará se conduzindo a um futuro maior, com novas possibilidades.
·        Nada é mais poderoso do que uma pergunta, porque a mente não consegue ignorar uma interrogação.
·        As perguntas abrem as portas para descobrirmos possibilidades.
·        As perguntas me tiram do terreno da ignorância e me coloca no terreno do conhecimento.
·        As perguntas abrem as portas da oportunidade.
·        As perguntas podem te colocar no caminho do milagre.
4.       Humildade para pedir ajuda a quem pode ajudar. Ao identificar quem estava passando, o cego de Jerico venceu o orgulho e se expôs publicamente com sua deficiência e pediu ajuda. A humildade atrai a graça de Deus. Há pessoas que reconhece sua deficiência, ouve e pergunta, porém, falta lhes coragem e humildade para pedir ajuda. Por que isso acontece? O que pode estar por detrás desta falta de coragem para pedir ajuda?
·        Medo de não ser compreendido (a).
·        Medo de não ser atendido (a).
·        Excesso de preocupação com a opinião dos outros.
·        Achar que Deus tem mais o que fazer do que se preocupar com o seu problema.
·        O orgulho.
5.     Saber pedir. Quem pede o que não precisa, pede errado. É necessário mostrar para Jesus qual é a sua maior deficiência. O meu maior problema é a minha incapacidade de "enxergar". Qual é o seu maior problema? Qual é a sua maior deficiência?
10 Deficiências dos homens
1)       Não cumpre com o que promete. Quem não cumpre o que promete, não inspira confiança, não tem credibilidade. "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna". (Mt 5.37)
2)       Tem dificuldade em trabalhar só com a verdade. (Cl 3.9) "Não mintais uns aos outros..." (Ef 5.25) "Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo..."
3)       Inconstante - Não termina o que começa.
4)       Explosivo - por motivos banais, explode. "Quem controla as suas palavras é sábio, e quem mantém a calma mostra que é inteligente". (Pv 17.27)
5)       Consumista compulsivo - Compra sempre por desejo e não por necessidade. Paulo diz que uma das virtudes do Espírito é "domínio próprio", e aqui inclui também o domino do desejo. (Gl 5.23)
6)       Desorganizado - Não planeja nada. Não tem uma lista de prioridades.
7)       Indisciplinado - Não cumpre horário, data, normas, regras etc. Quem não se submete a dor da disciplina, amanhã vai chorar com a dor do remorso e do arrependimento.
8)       Agressivo - Agride com palavras, gestos, expressão facial ou fisicamente. (Ml 2.16)
9)       O camaleão - conforme o ambiente ele muda de cor (comportamento).
10)  Inflexível - Quer sempre ter razão, mesmo estando errado.
10 Deficiências dos  mulheres
1)           Insubmissa - Sempre está competindo com o marido. (Ef 5.24) "...as mulheres sejam em tudo submissas aos seus maridos". Esta escrito: "A boa esposa é o orgulho do marido, mas a esposa que traz vergonha ao marido é como câncer nos ossos dele". (Pv 12.4)
2)           Dominadora - São aquelas que usam qualquer meio para dominar o marido. Doenças que não existem; dinheiro para se relacionar sexualmente com o marido; ameaças das mais diversas etc. O apostolo Pedro em sua carta (1 Pe 3.1,2) diz que o comportamento sábio da mulher cristã deve ser o seu maior testemunho.
3)           Autoritária - Tratam o marido como se ele fosse um filho adolescente. "A beleza na mulher sem juízo é como uma jóia de ouro no focinho de um porco". (Pv 11.22; 14.1) A grande diferença entre a mulher sábia e a tola.
4)           Indisciplinada no falar - Não reconhece a hora de falar e a de ficar em silêncio. "O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a se mesmo se arruína". (Pv 13.3)
5)           Eterna descontente - A murmuração é a causa da estagnação de muitas pessoas. "...Uma esposa que vive resmungando é como água que pinga sem parar". (Pv 19.13) Joice Mayer disse: "Murmure e não saia do lugar, louve e Deus te exaltará".
6)           Desleixada - A maneira como você cuida da sua casa, das suas coisas, revela muito do seu caráter. (Pv 31.27) "Atende ao bom andamento da sua casa, e não come o pão da preguiça". Diz também que ela sabe se vestir (Pv 31.22)
7)           Consumista compulsiva - Quando a esposa não tem equilíbrio no gastar, ela compromete a economia do lar. (Pv 14.1)
8)           Vaidosa ao extremo - São aquelas que cultuam o corpo. Todo excesso é perigoso (Pv 31.25). A mulher virtuosa, bela aos olhos de Deus, não teme a velhice, pelo contrário, envelhece com inteligência e sabedoria. 
9)           Impaciente - Não sabe esperar.
10)      Desligada sexualmente - Em Pv 5.15 diz que o sexo é para o casamento, o que a água é para a manutenção do corpo físico. Quando o sexo acaba no casamento, o relacionamento entra em processo de morte. Em Cantares há uma mulher que é cheia de iniciativa, por isso ela se tornou indispensável na vida do marido (Ct 7.10) "Eu sou do meu amado, e ele, tem saudades de mim".  É ela quem diz: "Vem, o meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias". (v.11)
Jesus continua perguntando: O que queres que eu te faça? Qual é a sua deficiência? Qual é a tua maior incapacidade? O pedido do homem cego foi inteligente. Ele precisava de muitas coisas, porém, sua necessidade maior era recuperar o que havia perdido, sua visão. As pessoas precisam saber pedir, por que?
·        Não adianta pedir uma casa, quando não se tem um "lar".
·                 Não adianta pedir uma "mesa farta" quando não se tem saúde no "estomago".
·        Não adianta pedir "calçados" quando os "pés" estão doentes.
·                 Não adianta pedir "dinheiro" quando o "caráter" ainda não foi curado.
·                 Não adianta pedir mais "roupas" quando ainda não se tem as "vestes de salvação e mantos de justiça".
·                 Não adianta pedir uma "casa maior" quando o "casamento está perto do fim".
Seria uma incoerência se o homem pedisse bens materiais e continuasse cego, mas ele pediu certo: "recupera a minha vista". Eu preciso voltar a enxergar. Jesus então disse: "Recupera o que você um diz perdeu." Esta é a vontade do Senhor, que todos nós recuperemos aquilo que perdemos e nos era tão precioso.
Conclusão: Toda mudança passa pelo ouvir, perguntar, clamar, auto-consciência das próprias deficiências e crer no poder d'Aquele que pode nos transformar. Deus abençoe a sua vida e de toda a sua família!