O Céus e a sua Gloria
Referência:
Apocalipse 21.1-27 – 22.1-5
INTRODUÇÃO
1. A história já fechou suas cortinas. O juízo final já aconteceu. Os
inimigos do Cordeiro e da igreja já foram lançados no lago do fogo. Os remidos
já estão na festa das Bodas do Cordeiro.
2. Este texto é a apoteose da revelação. O paraíso perdido é agora o
paraíso reconquistado. O homem caído é agora o homem glorificado. O projeto de
Deus triunfou.
3. A pregação sobre o céu traz profundas lições morais para a igreja: 1)
Jesus alerta para ajuntarmos tesouro no céu; 2) Paulo diz que devemos pensar
nas coisas lá do alto; 3) Jesus ensinou que devemos orar: “seja feita a tua
vontade na terra como no céu”; 4) O céu nos estimula à santidade (2Pe 3.14); 5)
O céu nos ajuda a enfrentar o sofrimento (Rm 8.18); O céu nos livra do medo da
morte (Fp 1.21).
I. NO CÉU TEREMOS A RESTAURAÇÃO DO PRÓPRIO UNIVERSO
– V. 1
1. A redenção alcançou todo o cosmos – v. 1 A natureza escravizada pelo pecado (Rm 8.20,21), agora está
completamente restaurada. Deus não cria um novo céu e uma nova terra, mas
torna-os novo, como do nosso corpo, fará um novo corpo. Não é aniquilamento,
mas renovação.
2. Não haverá mais nenhuma contaminação – v. 1 “E o mar não mais existirá”. Isso é um símbolo. Aqui o mar é o que
separa. João foi banido para a Ilha de Patmos. Também o mar é o que contamina
(Is 57.20). Do mar surgiu a besta que perseguiu a igreja. No novo céu e na nova
terra não haverá mais rebelião, contaminação nem pecado.
II. O CÉU É CONHECIDO PELO QUE NÃO EXISTE LÁ – v. 4
1. No céu não haverá dor A dor é conseqüência do pecado. A dor física, moral, emocional,
espiritual não vai entrar no céu. Não haverá mais sofrimento, enfermidade,
defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, traição.
2. No céu não haverá mais lágrima Não haverá choro nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de
lágrimas. Muitas vezes alagamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por
nós, pelos nossos filhos, pela nossa família, pela nossa igreja, pela nossa
pátria. Entramos no mundo chorando e saímos dele com lágrimas. Mas Deus é quem
vai enxugar nossas lágrimas. Não é auto-consolo.
3. No céu não haverá luto nem morte A morte foi lançada no lago de fogo (Ap 20.15). Ela não pode mais nos atingir.
Fomos revestidos da imortalidade. Tragada foi a morte pela vitória. No céu não
há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério. No céu não há despedida. No
céu não há separação, acidente, morte, adeus.
III. O CÉU É CONHECIDO POR QUEM VAI ESTAR LÁ – V. 2
1. A cidade santa, a nova Jerusalém, a noiva
adornada para o seu esposo
A igreja glorificada, composta de todos os remidos, de todos os lugares,
de todos os tempos, comprada pelo sangue do Cordeiro, amada pelo Pai, selada
pelo ES é a cidade santa, a nova Jerusalém em contraste com a grande Babilônia,
a cidade do pecado.
Ela é a noiva adornada para o seu esposo em contraste com a grande
Meretriz.
O Senhor só tem um povo, uma igreja, uma família, uma noiva, uma cidade
santa.
2. Essa noiva foi adornada para o seu esposo O próprio noivo a purificou, a lavou, a adornou. Ela será apresentada
igreja santa, nova pura, imaculada, sem defeito. A noiva amada, comprada,
amparada, consolada, restaurada e glorificada.
3. Essa noiva vai estar no céu pela graça – v. 6,7 Feito está! Deus já completou toda a obra da redenção (Jo 19.30; Ap
16.17; Ap 21.6).
Os sedentos bebem de graça da água da vida. Todos os que têm sede podem
saciar. Todos os que buscam encontram. Todos os que vêm a Cristo, ele os
acolhe.
IV. O CÉU É CÉU PORQUE LÁ ESTAREMOS EM COMUNHÃO COM
DEUS – V. 2,3,7
1. Porque a vida no céu será como uma festa de
casamento que nunca termina – v. 2
As bodas passavam por quatro fases: 1) O compromisso; 2) A Preparação;
3) A vinda do Noivo; 4) A festa. O céu é uma festa. Alegria, celebração,
devoção. Deleitar-nos-emos em seu amor. Ele se alegrará em nós como o noivo se
alegra da sua noiva. Esta festa nunca vai acabar.
2. Porque o céu será profundamente envolvido pela
presença de Deus – v. 3 O céu é céu porque Deus está
presente. Depois que o véu do templo rasgou, Deus não habita mais no templo,
mas na igreja. O Espírito Santo enche não o templo, mas os crentes. Agora somos
santuário onde Deus habita. Veremos Cristo face a face. Vê-lo-emos como ele é.
Ele vai morar conosco. Não vai mais haver separação entre nós e Deus. A glória
do Senhor vai brilhar sobre nós.
3. Porque no céu teremos profunda comunhão com Deus
– v. 3b Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus.
Aqui caem as divisas não só do Israel étnico, como das denominações religiosas.
Lá não seremos um povo separado, segregado, departamentalizado. Lá não seremos
presbiterianos, batistas ou assembleianos. Seremos a igreja, a noiva, a cidade
santa, a família de Deus, povo de Deus.
4. Porque no céu desfrutaremos plenamente da nossa
filiação – v. 7
A igreja é a noiva do Cordeiro e a filha do Pai. Tomaremos posse da
nossa herança incorruptível.
V. O CÉU É DESCRITO PELO FULGOR DA NOIVA, A NOVA
JERUSALÉM – V. 9-27
1. A nova Jerusalém é bonita por fora, ele reflete
a glória de Deus – v. 11
Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pôde
fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a
presença de Deus no trono (4.3).
A glória de Deus habita na igreja. Essa glória é indescritível, como
indescritível é Deus. A igreja é bela por fora. Ela é como uma noiva adornada.
Suas vestes são alvas.
2. A nova Jerusalém é bonita por dentro – v. 19,20
Ninguém coloca pedras preciosas no fundamento. Mas no alicerce dessa
cidade estão doze espécies de pedras preciosas. Há beleza, nobreza, riqueza e
esplendor no seu interior. Não há coisa feia nem escondida dentro dessa igreja.
3. A nova Jerusalém é aberta a todos – v. 13,25
A cidade tem 12 portas: ela tem portas para todos os lados. Isso fala da
oportunidade abundante de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo
com Deus.
Venha de onde vier, as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade
são aqueles que procedem de toda tribo, povo, língua e nação. São todos aqueles
que foram comprados pelo sangue do Cordeiro.
Não há preconceito nem acepção de pessoas. Todos podem vir: pobres e
ricos; doutores e analfabetos; religiosos e ateus; homens e mulheres.
A cidade é aberta a todos: Há portas para todos os lados. O noivo
convida: Vem! A noiva convida: Vem! Quem tem sede recebe a água da vida.
4. A nova Jerusalém não é aberta a tudo – v.
8,12,27
A cidade tem uma grande e alta muralha. Muralha fala de proteção, de
segurança. Embora haja portas (v. 13) e portas abertas (v. 25), nem todos
entrarão nessa cidade (v. 8,27). Embora as portas estejam abertas, em cada
porta há um anjo (v. 12).
Os pecadores inconversos não podem entrar no céu (v. 8) – O
universalismo está errado. A idéia de que toda religião é boa e todo caminho
leva a Deus é um engano. NO céu só entrarão aqueles que se arrependeram de seus
pecados, creram em Cristo e foram lavados em seu sangue. Só aqueles que têm o
nome escrito no Livro da Vida podem entrar!
O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém (v.27) – Embora a igreja é
aberta a todos, não é aberta a tudo. Muitas vezes, a igreja tem sido aberta a
tudo e não a todos (Pedro e Jesus: Arreda Satanás).
5. A nova Jerusalém está construída sobre o
fundamento da Verdade – v. 14
Esse símbolo fala da teologia da igreja. A igreja está edificada sobre o
fundamento dos apóstolos. A igreja do céu está edificada sobre o fundamento dos
apóstolos, sobre a verdade revelada, sobre as Escrituras.
6. A nova Jerusalém tem espaço para todos os
remidos – v. 15-17
A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade
tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 Km de comprimento, de largura e de
altura. Não existe nada parecido no planeta. É uma cidade que vai de São Paulo
a Aracaju. Na Nova Jerusalém, a maior montanha da terra, o pico Everest,
desaparece mais de 240 vezes. Essa cidade é um verdadeiro cosmos de glória e
santidade.
É óbvio que esses números representam a simetria, a perfeição, a
vastidão e a totalidade da Nova Jerusalém.
Não existem bairros ricos e pobres nessa cidade. Não existem casebres.
Existem mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa
cidade.
7. A nova Jerusalém é lugar onde se vive em total
integridade – v. 18,21b
Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar
central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como vidro transparente. Tudo
ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido.
8. A nova Jerusalém é o lugar de plena comunhão com
Deus – v. 22
No Velho Testamento a presença de Deus estava no Tabernáculo, depois no
Templo. Mas, agora, Deus habita na igreja. Na Nova Jerusalém não haverá templo,
porque a igreja habitará em Deus e Deus habitará com a igreja. Isso é plena
comunhão. A cidade será iluminada não mais pela luz do sol ou pela lua. A glória
de Deus a iluminará.
9. A nova Jerusalém é o paraíso perdido, onde corre
o rio da Vida – 22.1-2
A Nova Jerusalém é uma cidade, um jardim, uma noiva. O jardim perdido no
Éden é o jardim reconquistado no céu. Lá o homem foi impedido pelo pecado de
comer a árvore da vida, aqui ele pode se alimentar da árvore da vida. Lá ele
adoeceu pelo pecado, aqui ele é curado do pecado. Lá ele foi sentenciado à
morte, aqui ele toma posse da vida eterna.
No Jardim do Éden havia quatro rios. Nesse Jardim Celestial, há um único
rio, o rio da Vida. Ele flui do trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a
salvação perfeita e gratuita, o dom da soberana graça de Deus. Por ele passa
ele traz vida, cura e salvação.
10. A nova Jerusalém é onde está o trono de Deus –
22.3-5
O trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre
essa igreja.
Na nova Jerusalém vamos ter propósito. “Os seus servos o servirão”.
Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir àquele que nos serviu e deu sua
vida por nós. Os salvos entrarão no descanso de Deus (Hb 4.9). Os salvos
descansarão de suas fadigas (Ap 14.13), no porém do seu serviço.
Na ova Jerusalém vamos ter intimidade com o Senhor. “Contemplarão a sua
face”. O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes
luzentes, nem as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face de
Jesus! O céu é intimidade com Deus.
Na nova Jerusalém vamos reinar com Cristo eternamente – “e reinarão com
ele para sempre”. Deus nos salvou não apenas para irmos para o céu, mas para
reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para a glória, mas também
para o trono.
Nós seremos não apenas servos no céu, mas reis. Cristo vai compartilhar
com sua noiva sua glória, sua autoridade e seu poder.
CONCLUSÃO
1. Você já é um habitante dessa cidade santa? Seu lugar já está
preparado nessa cidade?
2. Onde você tem colocado o seu coração? Na nova Jerusalém ou na grande
Babilônia?
3. A qual igreja você pertence: à Noiva ou à grande Meretriz?
4. Qual é o seu destino: o paraíso ou o lago de fogo?
5. Para onde você está indo: para o Casa do Pai, onde o Cordeiro é a
lâmpada eterna ou para as trevas exteriores?
6. Onde está o seu prazer: em servir a Deus ou deleitar-se no pecado?
7. Hoje é o dia da sua escolha, da sua decisão. Escolha a vida para que
você viva eternamente!
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